Osteoporose: Fatores de risco e complicações

Tempo de leitura: 4 minutos

O nosso corpo frequentemente abastece e substitui os componentes dos ossos. A osteoporose acontece quando há uma falha nessas renovações, o que torna os ossos mais frágeis e sujeitos a fraturas.

Segundo a ABRASSO (Associação Brasileira de Avaliação Óssea e Osteometabolismo), a osteoporose afeta cerca de 10 milhões de pessoas no Brasil, sendo que mulheres após o período da menopausa são o grupo de maior risco.

Neste blog, o médico ortopedista do Hospital Ortopédico AACD, Dr. Fernando Tamanaga, apresenta os principais tipos, fatores de risco e fraturas relacionadas à osteoporose. Boa leitura!   

O que é osteoporose?

A osteoporose é uma condição em que há perda da massa óssea, isto é, os ossos ficam fragilizados e mais vulneráveis a quedas ou aos próprios movimentos do corpo.

Por consequência, o risco de fraturas aumenta, especialmente nas regiões do fêmur, coluna, ombro e punho.

O que leva uma pessoa a ter osteoporose?

Em princípio, o nosso corpo produz novos componentes para os ossos mais rápido do que se desfaz, algo que aumenta a nossa massa óssea. Mas, na medida em que envelhecemos, esse processo desacelera e perde-se muito mais massa óssea do que se cria.

Com isso, a tendência de se ter osteoporose depende de uma série de variáveis, o que pode incluir a sua idade, estilo de vida e outras condições médicas, por exemplo. 

Resumidamente, existem 2 principais tipos

Osteoporose primária

A osteoporose primária é a mais comum e ocorre espontaneamente seja após a menopausa nas mulheres ou por causa do envelhecimento de forma geral:

Osteoporose pós-menopausa

A osteoporose pós-menopausa pode acometer as mulheres no fim da fase reprodutiva. Isso acontece, porque há uma grande queda na produção de estrogênio, hormônio feminino que é importante para a saúde dos ossos.

Osteoporose senil

A osteoporose senil pode ocorrer tanto nos homens como nas mulheres, devido ao envelhecimento natural dos ossos e falta de cálcio.

Osteoporose secundária

Já a osteoporose secundária surge como consequência de outras condições que colaboram para o seu desenvolvimento. Por isso, é importante prestar atenção nesses aspectos para diminuir as chances do surgimento da doença:

Fatores de risco

  • Doenças no rim ou fígado, problemas hormonais e artrite reumatoide
  • Histórico familiar de osteoporose e fraturas
  • Baixo peso corporal (menor massa óssea)
  • Insuficiência de cálcio e vitamina D
  • Alto consumo de álcool, sódio ou cafeína
  • Sedentarismo
  • Tabagismo
  • Uso prolongado de medicamentos corticóides, que interferem no processo de renovação óssea

Quais são os primeiros sinais de osteoporose?

A osteoporose costuma ser chamada de doença silenciosa, justamente por não apresentar sinais nas primeiras fases de perda de massa óssea. Mas, quando os ossos ficam fragilizados pela doença, há alguns pontos de atenção que valem acompanhamento:

  • Dor nas costas
  • Perda gradual de peso e altura
  • Postura curvada
  • Osso que quebra mais facilmente do que deveria 

Antes de tudo, vale lembrar que esses sinais podem ser um reflexo de outras condições clínicas. Por isso, é fundamental consultar um médico ortopedista para o diagnóstico correto.

Como a doença é diagnosticada?

Como a osteoporose tem relação com a perda de massa óssea e não demonstra sinais claros de desenvolvimento, é importante avaliar periodicamente a densidade óssea.

Desta forma, recomenda-se a realização do exame de Densitometria Óssea, principalmente para mulheres em fase de menopausa e homens idosos, que são o público mais propenso à osteoporose primária, como visto anteriormente.

Só para ilustrar, o exame utiliza níveis baixos de raio-X para analisar a proporção de minerais nos ossos, comparando os resultados com os valores esperados para alguém do mesmo peso, altura, idade e gênero.

Nesse sentido, há 3 resultados diferentes:

Densidade óssea normal

O resultado é considerado normal quando a perda de massa óssea é de até 10%.

Osteopenia

A osteopenia é caracterizada pela redução de massa óssea, mas ainda não representa um quadro de osteoporose. Neste caso, a perda de massa óssea é de 10% à 25%.

Osteoporose

A osteoporose ocorre quando a perda de massa óssea é maior que 25%.

Como é o tratamento?

Com o diagnóstico confirmado, inicia-se o tratamento com o objetivo de diminuir dores, reduzir perda de massa óssea e evitar fraturas.

Nesse sentido, recomenda-se o uso de medicamentos, sempre com orientação médica especializada, e a adoção de medidas preventivas para diminuir o desenvolvimento da doença, como:

  • Prática regular de exercícios físicos para fortalecimento muscular
  • Alimentação balanceada com ingredientes ricos em cálcio
  • Exposição moderada ao sol para absorção de vitamina D

Além disso, é importante adaptar o ambiente doméstico para prevenção de quedas e consequente diminuição do risco de possíveis fraturas. A retirada de tapetes e o uso de barras ou corrimões são exemplos comuns.

Fraturas relacionadas à osteoporose

Como mencionado no início deste blog, o risco de fraturas aumenta com a osteoporose. Assim, mesmo com o tratamento adequado, pessoas com esse diagnóstico precisam estar atentas e cientes da possibilidade de quebra de ossos, como:

  • Colo do fêmur
  • Vértebras da coluna lombar ou torácica
  • Úmero (região do ombro)
  • Rádio (região do punho)

Essas fraturas influenciam na funcionalidade, força e mobilidade das áreas afetadas, levando a outras formas de cuidado que envolvem fisioterapias e até cirurgias, a depender da gravidade do caso.

Atuação do Hospital Ortopédico AACD

O Hospital Ortopédico AACD conta com corpo clínico especializado em todas as áreas da ortopedia para acompanhamento da saúde óssea e tratamento de complicações ligadas à osteoporose.

Também possui infraestrutura completa e tecnológica para realização de exames, terapias e cirurgias em um único lugar, atendendo dos casos simples aos mais complexos.

AACD

É muito fácil agendar
sua consulta e exame