Fascite plantar: Fatores de risco e formas de prevenção

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Você sente uma “pontada” no calcanhar ao dar os primeiros passos pela manhã ou depois de ficar por muito tempo em pé? A fascite plantar é uma das causas mais comuns de dor na região.

Essa condição limita a mobilidade e provoca desconforto, afetando cerca de 10% da população mundial, segundo dados da NIH (Biblioteca Americana de Medicina).

Neste blog, o médico ortopedista do Hospital Ortopédico AACD, Dr. Celso Cruz, fala sobre os fatores de risco, tipos de tratamento e formas de prevenção da fascite plantar. Boa leitura!

O que é fascite plantar?

A fascite plantar se manifesta com a inflamação da fáscia plantar. Em outras palavras, esse tecido percorre a musculatura da planta do pé e conecta os ossos do calcanhar com a base dos dedos, permitindo que você caminhe e corra.

Fascite plantar

A fascite plantar ocorre quando os tecidos da planta do pé ficam inflamados ou irritados devido a estresse excessivo ou lesão repetitiva

Com o uso excessivo ou repetitivo, a região se desgasta e perde parte da sua elasticidade. Por consequência, isso prejudica a capacidade de amortecimento e distribuição do impacto na realização de atividades do dia a dia.

O que leva uma pessoa a ter fascite plantar?

A causa exata da fascite plantar ainda é desconhecida, mas há alguns fatores de risco que contribuem para o desenvolvimento dessa condição.

Fatores de risco

  • Sobrepeso e obesidade 
  • Idade (principalmente entre 40 e 60 anos)
  • Aumento na intensidade ou duração de atividades físicas (como corridas de longa distância e balé)
  • Permanência por períodos estendidos de tempo em pé
  • Contato frequente com superfícies irregulares
  • Alterações anatômicas nos pés (pés planos: quando toda a sola do pé toca o chão. Ou pés cavos: quando o arco do pé é aumentado e tanto a parte da frente como a de trás tocam o chão)

Quais são os sintomas?

O sinal mais claro da fascite plantar é o aumento gradual da dor no calcanhar, algo que pode ser comparado com uma “pontada” ou sensação de queimação na região.  

Só para ilustrar, isso fica ainda mais evidente quando você dá os primeiros passos pela manhã, permanece de pé por muito tempo, sobe escadas, anda descalço ou utiliza um calçado com pouco suporte. 

Também existem casos em que há inchaço no calcanhar e no tornozelo.

Como se diagnostica a fascite plantar?

O diagnóstico da fascite plantar se baseia na avaliação do seu histórico médico e um exame físico, considerando os sinais e fatores de risco mencionados anteriormente.

Além disso, o médico pode solicitar a realização de exames de imagem, como raio-X ou ressonância magnética, para verificar se a causa das suas dores possuem relação com outras condições.

Como funciona o tratamento?

A maioria das pessoas consegue se recuperar da fascite plantar após meses de tratamento conservador, que consiste em repouso, redução de atividade física, aplicação de gelo na região afetada e uso de medicamentos anti-inflamatórios.

Nesse sentido, a realização de sessões de fisioterapia também é fundamental, pois os exercícios alongam, estabilizam e fortalecem os músculos, aliviando a dor e reduzindo a inflamação.

A fisioterapia promove exercícios de alongamento e fortalecimento dos músculos

A fisioterapia promove exercícios de alongamento e fortalecimento dos músculos dos membros inferiores, ajudando no tratamento da fascite plantar

Além disso, palmilhas ortopédicas ou órteses, devidamente prescritas por médicos ortopedistas, podem dar suporte, evitar o encurtamento do arco do pé e distribuir melhor o peso do corpo sobre os pés.

A intervenção cirúrgica para liberação da fáscia plantar só é considerada em casos mais graves ou quando os outros métodos não surtem efeito.

Sem o tratamento adequado, o calcanhar perde resistência e elasticidade, podendo provocar alterações na marcha e aumentando o risco de lesões no joelho, quadril e coluna.

Quais são as formas de prevenção?

É possível adotar algumas medidas de prevenção à fascite plantar, como:

  • Uso adequado de calçados com estrutura, acolchoamento e solas espessas para amortecimento de impacto
  • Controle da massa corporal para evitar sobrecarga de peso nos pés
  • Diminuição da intensidade ou alteração do tipo de atividade física. Ao invés de caminhar e correr, nadar ou andar de bicicleta são boas alternativas de baixo impacto para movimentação dos pés

Atuação do Hospital Ortopédico AACD

O Hospital Ortopédico AACD conta com corpo clínico especializado em ortopedia para diagnóstico e tratamento de pacientes com fascite plantar.

Também possui infraestrutura completa com Centro de Terapias para realização de sessões de fisioterapia e Oficina Ortoédica para fabricação de palmilhas ortopédicas sob medida.

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