Hospital Ortopédico AACD realiza primeira cirurgia no Brasil com haste intramedular motorizada para alongar o fêmur

O Hospital Ortopédico AACD realizou a primeira cirurgia do Brasil para correção de deformidade e alongamento do fêmur com uma haste intramedular motorizada. Sob comando do ortopedista pediátrico Dr. Rafael Yoshida, o procedimento visa igualar membros de uma paciente de 11 anos que teve uma parada no crescimento da perna esquerda. Visto que isso aconteceu em virtude do fechamento prematuro da fise distal e da tíbia proximal após artrite séptica (infecção na articulação do joelho).

O método inédito consiste na implantação de uma haste no canal medular do fêmur. Só para ilustrar, o dispositivo conta com receptor localizado no subcutâneo da coxa e é ativado por radiofrequência através de um dispositivo externo à pele. Nesse sentido, o paciente ou responsável ativa o dispositivo a cada oito horas, estimulando o crescimento na haste em cerca de 1 milímetro por dia.

“O fêmur é um osso bem indicado para esse tipo de procedimento em pacientes jovens (já no fim do crescimento) e adultos, pois promove maior conforto e adaptação para terapias durante o alongamento. Nesse caso, não há necessidade de fixação externa”, explica o Dr. Yoshida.

A previsão é que seja possível aumentar o tamanho do osso da paciente em até 6 centímetros. O médico indicou reabilitação motora complementar durante o acompanhamento pós-operatório. A expectativa é que a remoção da haste aconteça após dois anos de uso e remodelação óssea.

Evolução em cirurgias de alongamento ósseo

De acordo com o ortopedista pediátrico, para casos similares a cirurgia pode substituir o uso do fixador externo para alongamento ósseo, que tem possui instalação do lado de fora da pele. “A nova técnica, já feita fora do Brasil, representa um avanço no pós-operatório em termos de conforto para terapias, mobilidade e ausência de infecção superficial dos pinos presentes no fixador”, completa.

A indicação é para pacientes com ossos maduros ou em fase final de crescimento. Só para exemplificar, recomenda-se para casos de deficiências adquiridas do osso por sequelas de traumas, tumores ósseos ou infecções tratadas e deficiências congênitas que levam a diferenças entre o tamanho e alinhamento dos membros.

Além disso, assim como é feito no exterior, o procedimento pode ser usado para fins estéticos, como intervenções voltadas exclusivamente para aumento de estatura, sem outra condição médica associada.

Repercussão na imprensa

A fim de divulgar a novidade, o Hospital Ortopédico se conectou à imprensa. Como resultado, a revista Veja publicou uma matéria a respeito com entrevistas do médico e da paciente.

Clique aqui e confira a matéria completa no site da Veja

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