Lesão óssea silenciosa: por que acontece mais em mulheres?

Tempo de leitura: 2 minutos
Resumo da notícia:

- Fraturas por estresse surgem por sobrecarga repetitiva e atingem mais mulheres;
- Fatores hormonais e menor densidade óssea aumentam a vulnerabilidade feminina;
- Estudo mostra que corredoras com histórico de fratura têm mais deslocamento vertical e exigem maior esforço muscular durante a corrida.


Mulher com lesão óssea alonga as pernas em uma escadaria.Seja no amadorismo ou no esporte profissional, as fraturas por estresse podem surgir em atletas – sendo causadas por uma sobrecarga repetitiva. Considerada uma lesão óssea silenciosa, por se instalar aos poucos e poder causar afastamento do esporte por meses, ela ocorre com uma incidência maior em mulheres.

Por que mulheres, principalmente as corredoras e praticantes de esporte de impacto, são mais vulneráveis? Segundo o Dr. Ricardo Soares, especialista em joelho do Hospital Ortopédico AACD,  a resposta envolve uma junção de vários fatores. Dentre eles, a estrutura corporal e os hormônios.

“Os fatores que levam a uma maior prevalência de lesão óssea por impacto se dão pela menor densidade óssea das mulheres de maneira geral, associado com fatores hormonais, como variações do estrogênio, que comprometem a remodelação óssea”, comenta o ortopedista. 

Como a estrutura corporal impacta no aparecimento de lesões ósseas

Segundo a literatura médica, mulheres tendem a ter maior torção do colo do fêmur para dentro, pelve mais larga e joelhos valgos – que se curvam para dentro e deixam tornozelos mais afastados. Ou seja, essas características alteram a distribuição de carga durante a corrida. Ao somar isso com uma menor massa muscular média, que diminui a capacidade de absorção de impacto, o esqueleto feminino fica mais vulnerável às lesões.

Estudo publicado recentemente na BMJ Open Sport & Exercise Medicine mostra que as corredoras com histórico de fratura por estresse em regiões proximais, como sacro, pelve e colo do fêmur, apresentaram menor ritmo de passos e maior deslocamento vertical do corpo durante a corrida comparadas a atletas sem histórico de lesão. Na prática, isso significa mais tempo no ar e aterrissagens mais distantes, exigindo mais força do músculo glúteo e de contato sobre o quadril.

Existe prevenção?

Sim, e ela consiste em pequenas ações que devem ser tomadas durante a rotina e quando os exercícios físicos forem feitos:

  • Progressão gradual no treino;
  • Fortalecimento muscular;
  • Recuperação adequada;
  • Nutrição equilibrada, incluindo ingestão suficiente de cálcio, vitamina D, ferro, proteína e gorduras boas;
  • Monitoramento de hormônios;
  • Sono regulado.

Repercussão na imprensa

O Hospital Ortopédico AACD foi procurado pela imprensa para falar sobre o assunto. Como resultado, o site UOL Viva Bem publicou uma matéria a respeito com entrevista com o especialista Dr. Ricardo Soares.

Confira a matéria do UOL Viva Bem

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