Seja no amadorismo ou no esporte profissional, as fraturas por estresse podem surgir em atletas – sendo causadas por uma sobrecarga repetitiva. Considerada uma lesão óssea silenciosa, por se instalar aos poucos e poder causar afastamento do esporte por meses, ela ocorre com uma incidência maior em mulheres.
Por que mulheres, principalmente as corredoras e praticantes de esporte de impacto, são mais vulneráveis? Segundo o Dr. Ricardo Soares, especialista em joelho do Hospital Ortopédico AACD, a resposta envolve uma junção de vários fatores. Dentre eles, a estrutura corporal e os hormônios.
“Os fatores que levam a uma maior prevalência de lesão óssea por impacto se dão pela menor densidade óssea das mulheres de maneira geral, associado com fatores hormonais, como variações do estrogênio, que comprometem a remodelação óssea”, comenta o ortopedista.
Como a estrutura corporal impacta no aparecimento de lesões ósseas
Segundo a literatura médica, mulheres tendem a ter maior torção do colo do fêmur para dentro, pelve mais larga e joelhos valgos – que se curvam para dentro e deixam tornozelos mais afastados. Ou seja, essas características alteram a distribuição de carga durante a corrida. Ao somar isso com uma menor massa muscular média, que diminui a capacidade de absorção de impacto, o esqueleto feminino fica mais vulnerável às lesões.
Estudo publicado recentemente na BMJ Open Sport & Exercise Medicine mostra que as corredoras com histórico de fratura por estresse em regiões proximais, como sacro, pelve e colo do fêmur, apresentaram menor ritmo de passos e maior deslocamento vertical do corpo durante a corrida comparadas a atletas sem histórico de lesão. Na prática, isso significa mais tempo no ar e aterrissagens mais distantes, exigindo mais força do músculo glúteo e de contato sobre o quadril.
Existe prevenção?
Sim, e ela consiste em pequenas ações que devem ser tomadas durante a rotina e quando os exercícios físicos forem feitos:
- Progressão gradual no treino;
- Fortalecimento muscular;
- Recuperação adequada;
- Nutrição equilibrada, incluindo ingestão suficiente de cálcio, vitamina D, ferro, proteína e gorduras boas;
- Monitoramento de hormônios;
- Sono regulado.
Repercussão na imprensa
O Hospital Ortopédico AACD foi procurado pela imprensa para falar sobre o assunto. Como resultado, o site UOL Viva Bem publicou uma matéria a respeito com entrevista com o especialista Dr. Ricardo Soares.
Confira a matéria do UOL Viva Bem
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