Lesões no joelho em clubes paulistas são destaques na imprensa

Apesar das lesões já fazerem parte da rotina de atletas, tem algumas lesões que são um pouco mais raras de acontecer no futebol. Falando sobre lesões no ligamento no joelho, as mais populares acontecem no ligamento cruzado anterior (LCA), que  limita os movimentos do joelho para frente. Porém, há casos que podem ocorrer lesões multiligamentares ou novas lesões durante o processo de transição.

Foi o caso do atacantes André Silva, do São Paulo, e Bruno Rodrigues, do Palmeiras. Enquanto o artilheiro do tricolor  sofreu um estiramento do LCA e rompeu  o ligamento cruzado posterior (LCP), o atacante palestrino rompeu o tendão patelar do joelho esquerdo enquanto estava no processo final de recuperação de uma lesão no joelho direito. Os especialistas em joelho do Hospital Ortopédico AACD, Dr. Marcos Paulo Pires e Dr. Ricardo Soares foram procurados pela imprensa para falar sobre os casos.

André Silva sofre lesão multiligamentar durante jogo contra o Atlético Mineiro

De acordo com o Dr. Marcos Paulo Pires, especialista em joelho do Hospital Ortopédico AACD, o jeito que o atleta caiu influenciou diretamente na lesão.

“No futebol já é mais difícil que isso aconteça. Ou você cai de joelho no chão, ou acontece como foi com ele [André Silva], que teve uma hiperextensão do joelho. Quando ele caiu, o joelho foi bem para trás e acarretou nessa lesão, que é mais difícil de acontecer”, apontou o especialista.

A estabilidade do joelho pode ser crucial para decidir se a melhor opção de tratamento será o convencional ou cirúrgico.

“Se o LCA tiver apenas um estiramento leve e não houver grande instabilidade, pode-se optar por tratamento conservador, com fisioterapia e fortalecimento. Mas, em casos de instabilidade significativa, a cirurgia geralmente é indicada”, comentou o doutor. 

Saiba sobre a lesão de André Silva em matéria para o Globo Esporte

Como será a recuperação?

Sobre a recuperação da lesão, Dr. Marco disse que o tempo de segurança esperado é de um ano e isso se dá ao fato

“O LCP é um ligamento à parte. Não só por conta da complexidade dele, que é um ligamento muito maior e mais grosso se comparado ao LCA, mas também pelo fato de comparar com a quantidade de lesões desse tipo que tem se comparada às lesões de LCA. Isso influencia de você identificar a melhor técnica. Não se tem uma quantidade grande de lesões assim para se traçar um comparativo e desenvolver na questão de técnica cirúrgica. Na anatomia, é muito mais complexa a forma como ele está colocado no ossos, na tíbia, no fêmur, é muito mais complexo que o LCA”, explica o especialista.

Saiba mais sobre a expectativa de recuperação do atleta em matéria para o Globo Esporte

Bruno Rodrigues fica quase 600 dias sem jogar por lesão

O atacante Bruno Rodrigues não entra em campo pelo Palmeiras desde dia 24 de janeiro de 2024 por conta de um rompimento do tendão patelar do joelho esquerdo, sofrido após um trauma em um jogo treino. Apesar do técnico Abel Ferreira ter dito que o atacante voltaria a campo apenas em 2026, o jogador está finalizando seu processo de transição física e já participa dos treinos com o restante do grupo. Segundo o especialista em joelho, Dr. Ricardo Soares, a cautela que o clube teve com a volta do atleta é fundamental, não só pelo estado físico, mas pelo psicológico.

“São lesões relativamente graves, e muito próximas uma da outra. Existe um desequilíbrio muscular que pode persistir e tem o aspecto psicológico do paciente, com um longo período parada. A cautela com o jogador tem que ser a máxima possível, então não é nenhum exagero essa programação citada pelo Abel”, explicou o especialista.

Saiba mais sobre a expectativa de recuperação do atleta em matéria para o UOL

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