Entenda lesões como a do surfista Gabriel Medina

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O tricampeão mundial de surfe Gabriel Medina sofreu uma lesão no tendão do músculo peitoral do ombro esquerdo em uma manobra aérea durante treino na praia de Maresias, em São Sebastião, no litoral paulista. O atleta passou por cirurgia e a recomendação médica é que aguarde de seis a oito meses para retornar às competições.

Surfista

Gravidade e tratamento de lesões como a do surfista

A lesão é considerada grave por impactar um músculo grande e muito importante para o corpo humano. “O músculo peitoral maior tem como funções aproximar o braço ao tórax, rodar o ombro para a região central e estabilizar parcialmente a escápula, além de ajudar até mesmo na respiração”, explica o Dr. Renato Moretto, médico ortopedista do Hospital Ortopédico AACD.

Segundo o especialista do Hospital Ortopédico AACD, o prazo de seis a oito meses é necessário para que o atleta volte ao nível competitivo no esporte por conta da natureza da lesão. No processo de recuperação de casos do tipo, é realizado o controle da dor com medicação e liberação miofascial, estímulos sensoriais e reabilitação motora.

“O tratamento visa a integração tendão-osso. A cicatrização de dois tecidos diferentes demora mais do que nos casos em que a lesão envolve apenas tendão com tendão ou osso com osso. Logo após o período de quatro meses, em que ocorre a reinserção, começa a hipertrofia – o ganho de músculo, um processo essencial para um atleta de alto nível”, diz Dr. Renato Moretto.

No surfe, os membros superiores são coadjuvantes, pois os membros inferiores são os mais utilizados nas atividades. Lesões como a de Gabriel Medina também ocorrem em outros esportes, como jiu-jitsu e MMA.

Lesões no ombro além do esporte

Idoso em leito hospitalar As lesões do peitoral maior possuem pouca incidência na população em geral, sendo mais comuns entre atletas profissionais. No entanto, situações específicas que não envolvem atividades físicas podem causar o problema, principalmente em idosos.

“Em pacientes acamados, quando o cuidador tem que realizar a transferência de uma cama para outra ou para o banho, lesões do peitoral ocorrem. De acordo com um levantamento de trabalhos científicos, até 2022 foram 150 casos do tipo, então é realmente algo raro. Mas, no idoso que fica no leito, como aquele músculo já não tem muita função, o ato de pegar o paciente por si só pode romper o tendão”, comenta o Dr. Moretto.

Diferente de lesões que envolvem o desprendimento do tendão e osso, como no caso de Gabriel Medina, idosos costumam sofrer esgarçamento da musculatura. Por isso, a recuperação envolve o tratamento do hematoma, que geralmente se destaca bastante em pessoas acima de 60 anos. Além disso, o acompanhamento costuma durar apenas alguns meses.

Repercussão na imprensa

 Em entrevista à Rádio EBC, Dr. Renato Moretto, médico ortopedista do Hospital Ortopédico AACD, falou mais sobre o assunto. O especialista também comentou lesões do tipo no portal Esportelândia.

Dr. Fernando Tamanaga, médico ortopedista do Hospital Ortopédico AACD, abordou o caso em matéria do portal Polo de Notícias.

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