Já sentiu um incômodo nos ombros após exercícios repetitivos? A dor nos ombros, por aparecer como resultado de diversas lesões diferentes, virou um problema comum e muitas vezes tratado em casa com repouso e compressas quentes em casos de dor e frias nos casos de inchaço.
Porém, qual é o momento de recorrer a ajuda médica? Em seguida neste blog, o médico especialista do Hospital Ortopédico AACD Dr. Fernando Tamanaga tirará as dúvidas sobre as principais causas e sintomas, fatores de risco e formas de prevenção das dores no ombro. Boa leitura!
O que pode causar dor no ombro?
As dores no ombro podem acontecer por diversos motivos e momentos. Em geral, as principais causas que levam as dores no ombro são:
- Sobrecarga;
- Genética;
- Obesidade;
- Traumas;
- Atividade física em excesso;
- Lesão súbita;
- Movimentos incorretos;
- Gota;
- Infecções;
- Fraqueza muscular;
- Doenças autoimunes.
As principais patologias
Por mais que os sintomas possam ser muito semelhantes, as dores no ombro têm causas diferentes e podem ser resultados de diferentes patologias. As mais comuns são:
- Tendinite: inflamação dos tendões.
- Bursite: inflamação da bursa, bolsa que reduz o atrito entre ossos e músculos ou tendões.
- Artrite: a inflamação nas articulações pode ocorrer de dois jeitos: no derrame articular, quando há aumento de conteúdo líquido no interior do tecido cartilaginoso, e a artrite reumatoide.
- Artrose ou Osteoartrite: a doença degenerativa e inflamatória que causa alterações na cartilagem das articulações e no líquido sinovial.
- Capsulite adesiva (ou ombro congelado): a inflamação na cápsula articular que envolve o ombro.
- Luxação do ombro: a luxação ocorre quando o osso do braço (úmero) sai do encaixe na omoplata (escápula).
- Fraturas ósseas: a fratura óssea é quando um ou mais dos três ossos do ombro (úmero, clavícula e escápula) quebram.
Fatores de risco
Além das patologias e suas causas, é importante saber os fatores de risco que podem ocasionalmente levar a problemas mais graves no futuro. Geralmente, são eles:
- Má postura;
- Trabalhos repetitivos;
- Diabetes mellitus;
- Tabagismo;
- Envelhecimento;
- Sedentarismo.
Os principais sintomas
A dor no seria o principal sintoma, mas também pode trazer diversos outros sintomas como: dificuldade de movimentação, formigamento, perda de força muscular e, em casos mais graves como as fraturas, deslocamentos visíveis de articulações.
Os tratamentos
Os tratamentos podem variar muito com o grau da lesão e a resposta aos métodos mais conservadores. Bem como a imobilização, os tratamentos mais populares são: remédios anti-inflamatórios e analgésicos, repouso, bolsas de água quente, compressas de gelo, fisioterapia, acupuntura e terapia por ondas de choque. Em casos de capsulite adesiva e bursite, injeções de anestésicos e infiltrações também podem ajudar no alívio de dores.
As opções cirúrgicas aparecem ocasionalmente em casos de fraturas mais graves ou quando os tratamentos conservadores não surtir o efeito esperado.
Como diferenciar as patologias?
Os sintomas e causas são bem parecidas entre as patologias. Portanto, é muito importante a consulta com um médico ortopedista o mais cedo possível para realizar exames complementares e ter um diagnóstico completo.
Quando procurar um médico?
Se a dor no ombro for forte e persistente e vir acompanhada de febre, inchaço, dificuldade de mexer o braço, perda de movimento ou fraqueza, formigamento ou ela ser resultado de uma queda ou outra lesão, procure um médico imediatamente.
Prevenção
Apesar das dores no ombro poderem aparecer em qualquer momento, alguns comportamentos podem prevenir o aparecimento de patologias ou o desenvolvimento delas. Geralmente, são elas:
- Praticar atividades físicas regularmente, sempre com supervisão de um profissional adequado;
- Fazer pausas regulares durante atividades que envolvam movimentos repetitivos;
- Garantir a ergonomia nos espaços de trabalho;
- Manter um estilo de vida saudável, com sono e condicionamento físico adequados;
- Evitar atividades de repetição com o ombro elevado.
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