Displasia de desenvolvimento de quadril: fatores de risco e tratamento

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Resumo da notícia:

• A displasia de desenvolvimento do quadril é uma condição que acontece quando o quadril não foi plenamente desenvolvido
• O diagnóstico inclui testes físicos e exames de imagem e é feito em bebês recém-nascidos
• Os tratamentos variam com o uso de suspensório, gesso e cirurgia em casos mais graves

Bebê deitado de barriga para cima com pessoa mexendo em suas pernasA displasia de desenvolvimento no quadril é uma condição geralmente diagnosticada em recém-nascidos, mas também pode se manifestar ao longo dos primeiros anos de vida. Isso acontece porque os quadris ainda não estão plenamente desenvolvidos.

Quais os principais sinais de atenção para os pais? Neste blog, conversamos com o Dr. Fábio Peluzo, médico especialista em ortopedia pediátrica do Hospital Ortopédico AACD, para entender o que é a displasia de desenvolvimento quadril, seus fatores de risco e tratamentos. Boa leitura!

O que é a displasia de desenvolvimento de quadril?

Em termos médicos, a Displasia de Desenvolvimento de Quadril surge quando há uma alteração no encaixe entre a cabeça do fêmur e o osso do quadril. Além da alteração no comprimento das pernas, a displasia pode diminuir a mobilidade se não tratada precocemente.

A displasia de desenvolvimento de quadril surge ao nascimento e, se não tratada, pode evoluir para uma luxação de quadril.

Quais os principais sinais da displasia de quadril?

Como normalmente a displasia não apresenta um sintoma específico, perceber alguns sinais pode ser essencial para que os profissionais fechem o diagnóstico e iniciem o tratamento o mais rápido possível.

Em caso de crianças menores de seis meses que ainda não engatinham,  os responsáveis devem observar se há assimetria nas dobras das coxas ou nádegas, estalos ao movimentar o quadril, limitação de abertura das pernas ou uma perna parecer ser mais curta que a outra.

Apresentar desigualdade no comprimento das pernas, desalinhamento corporal ou dificuldade ao sentar ou engatinhar também podem ser indícios de uma displasia de quadril. Já quando a criança já anda, os problemas na marcha como o ato de mancar (claudicação) ou a rotação exagerada da pelve (marcha anserina) podem ser sinais de alerta, além das dores no quadril ou joelho em casos mais específicos.

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Fatores de risco

As dores nas articulações podem ter causas e fatores de risco diferentes. As mais comuns são:

  • Genética: se alguém da família tiver a displasia, as chances aumentam;
  • Hormônios: Durante o final da gestação, a mulher libera o hormônio relaxina a fim de afrouxar as articulações e preparar o corpo para a hora do parto. Porém, isso pode afrouxar os ligamentos do bebê e as meninas são mais sensíveis a esse hormônio;
  • Anatomia: o quadril das bebês do sexo feminino costuma ser mais flexível;
  • Posição no útero: caso o bebê permaneça muito tempo da gestação (em especial na parte final) sentado, há um risco de o quadril não ter se desenvolvido corretamente.
  • Pressão no útero: o fato de ter pouco espaço no útero também pode fazer com que o bebê desenvolva a displasia;
  • Primeira gestação: na primeira gestação, os músculos do útero são mais rígidos. Dessa forma, há menos espaço para o bebê se movimentar durante a gestação.

O diagnóstico

Diante da alta demanda por diagnósticos em recém-nascidos, especialistas desenvolveram testes do quadril para identificar com mais precisão os casos de displasia:

  • Teste de Ortolani: por meio de flexões, o ortopedista pediátrico é capaz de diagnosticar se há algum tipo de luxação nos quadris.
  • Manobra de Barlow: por meio do movimento de adução, o joelho é trazido em direção ao corpo e a coxa empurrada posteriormente. Se ouvir um clique, a cabeça do fêmur foi deslocada e sofre com instabilidade.
  • Sinal de Galeazzi: no Sinal de Galeazzi, o ortopedista observa a altura dos joelhos do paciente. Se um tiver mais baixo do que o outro, o teste é positivo.
  • Assimetria das pregas glúteas: quando as pregas glúteas, dobras de pele localizadas na parte inferior das nádegas, não são simétricas, pode indicar que o fêmur não está encaixado corretamente no osso da bacia.
  • Assimetria da abdução dos quadris: quando há diferença na amplitude de movimento ao afastar a perna da linha média do corpo em cada quadril, é um indício para o diagnóstico da displasia de quadril.

Além dos testes clínicos, os ortopedistas costumam pedir exames de imagem como o raio-x e a ultrassonografia para complementar o diagnóstico.

Em casos de o diagnóstico tardios, o teste de padrão de marcha também pode ser feito para analisar a marcha do paciente. Em casos pós-operatórios, avaliar sua evolução.

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Tratamentos

Falando sobre tratamentos, há opções convencionais se a displasia for diagnosticada logo após o nascimento do bebê. Até os seis meses, é possível fazer o tratamento com o suspensório de Pavlik. O principal objetivo é manter as pernas do bebê em uma posição específica, ajudando a encaixar a cabeça do fêmur na cavidade do quadril.

Em casos um pouco mais graves ou caso o suspensório não funcionar, o médico pode indicar o uso de gesso para imobilizar o quadril. Os profissionais indicam esse teste para crianças entre 6 meses e 2 anos.

Já em situações graves ou que a displasia foi descoberta tardiamente, cirurgia para corrigir a deformidade pode ser necessária, colocando a cabeça do fêmur dentro do quadril. Além da redução cruenta do quadril, que reposiciona o fêmur na posição correta dentro da articulação, a acetabuloplastia corrige lesões ou deformidades no acetábulo – cavidade da bacia que acomoda a cabeça do fêmur. Já na  redução incruenta, que não exige cirurgia, o especialista realinha os ossos manualmente. Em todos os casos, o gesso é o método mais utilizado na recuperação para  a melhor cicatrização.

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