O que é Escoliose? Quais são os tipos e formas de tratamento?

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Todas as pessoas possuem curvas na coluna. Na maioria das vezes, isso é normal, porém, em curvaturas mais acentuadas, é importante prestar atenção, especialmente se há uma rotação no tronco, ou seja, se as vertebras giram e torcem, o que pode se enquadrar em um caso de Escoliose.

A Escoliose é uma deformidade da coluna vertebral que atinge diversas pessoas ao redor do mundo. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, essa patologia acomete cerca de 4% da população global, desde casos leves até os mais graves.

Neste blog, entenda o que é Escoliose, seus sinais e principais tipos, além do diagnóstico e tratamento dessa doença. O Hospital Ortopédico AACD conta um Centro de Excelência em Escoliose e os seus especialistas contribuíram para a elaboração deste conteúdo. Boa leitura!

O que é Escoliose?

A Escoliose é uma condição médica caracterizada pela curvatura anormal da coluna vertebral, que costuma ocorrer em três regiões: cervical (pescoço), torácica (parte superior das costas) ou lombar (parte inferior das costas).

Aliás, é por esse motivo que a Escoliose é chamada assim. O termo tem origem grega e a tradução do seu significado para o português remete à “curvatura” ou “tortuosidade”.

Em outras palavras: ao invés da coluna permanecer reta quando vista de frente ou de costas, ela apresenta uma curva para um determinado lado, formando uma silhueta que pode ser comparada com a letra “S” ou “C”.

Quais são os sinais da Escoliose?

É importante se atentar às formas de manifestação para entender como fica o corpo com Escoliose. Esses são os principais sintomas:

  • Ombro mais alto do que o outro
  • Um lado do quadril inclinado para cima quando comparado ao outro
  • Perna mais curta do que a outra
  • Coluna torta ou mais curvada para um dos lados
  • Desconforto muscular ou sensação de cansaço nas costas

Caso você perceba um ou mais desses sinais, procure orientação de médico especialista para realizar o diagnóstico e fazer o tratamento mais adequado.

No momento em que o diagnóstico ocorre precocemente, é possível evitar futuras complicações e garantir uma melhor qualidade de vida.

Como é feito o diagnóstico?

A Escoliose pode acometer pessoas de todas as idades. A fim de garantir um diagnóstico eficaz, é essencial agendar uma consulta com médico ortopedista especializado para avaliação dos sinais e realização de um exame físico completo.

Em seguida, é importante realizar exames de imagem, como um raio-X panorâmico da coluna, por exemplo. Uma ressonância magnética ou tomografia computadorizada também pode constar entre as solicitações.

Com os resultados em mãos, o médico consegue avaliar o caso com precisão e determinar o grau atual de curvatura da coluna, além de entender se há chances de progressão do caso.

Quais são os tipos?

A Escoliose provoca alterações na coluna e elas podem apresentar diferentes causas e classificações. Em resumo, essas são as 4 incidências mais comuns da doença:

Escoliose Idiopática

A Escoliose Idiopática ocorre, na maioria das vezes, em mulheres e costuma se manifestar na fase de crescimento ao longo da adolescência. A sua causa ainda não foi determinada, por isso leva o nome de “idiopática”, justamente pelo desconhecimento da sua origem e ausência de relação aparente com nenhum outro diagnóstico médico.

Escoliose Neuromuscular

A Escoliose Neuromuscular possui ligação com outras condições de origem muscular ou neurológica, como a Paralisia Cerebral, Distrofia Muscular, Amiotrofia, Mielomeningocele, Poliomielite, dentre outras.

Escoliose Congênita

A Escoliose Congênita já se manifesta desde o nascimento e decorre de uma má-formação nas vertebras ou nas costelas.

Escoliose do Adulto ou Degenerativa

A Escoliose do Adulto ou Degenerativa surge com o envelhecimento e desgaste da coluna, atingindo pessoas a partir dos 60 anos de idade. Fraturas ósseas ou osteoporose são exemplos de causas.

Como ocorre o tratamento da Escoliose?

Ao chegar até aqui, você deve estar se perguntando: “É possível corrigir a Escoliose?” ou “Escoliose tem cura?”

A resposta é sim para ambas as perguntas. A correção pode ocorrer de diferentes maneiras, a depender da complexidade do caso, o que pode incluir a realização de sessões de fisioterapia, o uso de coletes ortopédicos e até uma intervenção cirúrgica.

Para ilustrar, seguem os principais tratamentos de acordo com os graus de Escoliose:

Curva entre 10 e 25 graus

Esse caso é leve e indica-se um acompanhamento médico periódico, além da realização de exercícios específicos de fisioterapia com o intuito de conter a progressão dessa deformidade na coluna.

Curva entre 25 e 40 graus

Esses tipos de curvatura já são moderados e recomenda-se algo conhecido como tratamento conservador, isto é, um método que procura justamente conservar a integridade física do paciente, sem a necessidade de uma intervenção cirúrgica.

Assim, esse tipo de tratamento consiste no uso de um colete ortopédico por pacientes que estão em fase inicial de crescimento, somado a sessões regulares de fisioterapia com exercícios específicos para Escoliose.

Uso de coletes ortopédicos no tratamento conservador

Os coletes ortopédicos são sob medida e ajustáveis, visando o suporte adequado ao paciente para a correção e não progressão da curvatura da coluna vertebral.

A produção desses dispositivos acontece após uma avaliação cuidadosa do paciente, em que se considera a idade, o estágio da curvatura e outros fatores relevantes para um tratamento efetivo.

Realização de fisioterapia para o tratamento conservador

Existem exercícios específicos e técnicas de fisioterapia voltadas para o fortalecimento dos músculos da coluna vertebral, com o objetivo de melhorar a postura do paciente e reduzir o grau da curvatura.

Curva acima de 40 graus

Este último caso é o mais grave e ocorre quando o paciente teve um diagnóstico tardio ou não foi possível corrigir a curvatura da coluna somente com o tratamento conservador da Escoliose. Como resultado, uma intervenção cirúrgica se faz necessária.

Tratamento cirúrgico

A cirurgia de Escoliose procura corrigir a curvatura da coluna vertebral e fazer o ajuste adequado da estrutura óssea do paciente para uma melhor qualidade de vida.

Para que se garanta essa correção, o cirurgião ortopedista fixa os ossos do paciente no lugar desejado com hastes de metal por meio de ganchos e parafusos, a fim de evitar o retorno da progressão da curvatura da coluna.

Atualmente, há recursos tecnológicos que garantem eficácia e segurança nas cirurgias de Escoliose. Como o Hospital Ortopédico AACD é referência nesse tipo de tratamento, conta com um equipamento que gera, em tempo real, imagens tridimensionais detalhadas da coluna vertebral do paciente, no momento da operação.

3 dúvidas comuns sobre Escoliose

  1. Má postura causa Escoliose?

Os maus hábitos posturais não provocam o surgimento da Escoliose. Na realidade, é a própria curvatura da coluna que, muitas vezes, ocasiona a má postura.

  1. Escoliose causa dores nas costas?

Ao contrário do que se pode pensar, a Escoliose geralmente não causa dor nas costas. Isso pode ter relação com outras condições, portanto é fundamental a avaliação de um médico especializado.

  1. Como prevenir Escoliose?

A melhor prevenção da Escoliose é o diagnóstico precoce. Com a identificação dessa patologia no estágio inicial ou menos avançado, o tratamento tende a ser menos invasivo e a taxa de sucesso mais elevada.

Atuação do Hospital Ortopédico AACD

A AACD é referência nacional e internacional no tratamento da Escoliose desde a década de 1950. O Hospital Ortopédico AACD possui um Centro de Excelência em Escoliose para garantir a qualidade no tratamento conservador e cirúrgico da doença.

Junto com uma equipe médica especializada, englobando ortopedistas, fisiatras e anestesistas, existe todo o apoio multidisciplinar de fisioterapeutas, enfermeiros, nutricionistas, psicólogos e outros profissionais.

Além disso, há uma oficina para a fabricação de coletes ortopédicos e uma área de fisioterapia hospitalar para a realização dos exercícios específicos do tratamento conservador da Escoliose, assim como o acompanhamento pós-operatório no caso do tratamento cirúrgico da patologia.

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